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3 dicas para uma boa conexão óptica
Antes de falarmos sobre uma boa conexão óptica, vamos rever sobre o funcionamento da fibra óptica, o que faz com que ela perca desempenho e aí sim, o que seria uma boa conexão óptica e as dicas fundamentais para que ela ocorra. Confira!
A fibra óptica é um filamento de vidro e que é utilizado como um condutor de alto rendimento, transmitindo luz, imagens, e dados por até 20 km.
É constituída de um núcleo central cilíndrico transparente de vidro puro, de maior índice de refração envolvido por uma camada de material com menor índice de refração.
Por que ela é tão eficiente na transmissão de dados?
Quando o feixe de luz é lançado na fibra, a luz consegue viajar pelo núcleo porque vai refletindo dentro do filamento. O caminho natural, seria a luz refletir, mas perder força ao longo do percurso por também sofrer refração. Porém, o menor índice de refração do revestimento do núcleo – geralmente feito em acrilato – faz com que a reflexão da luz seja total. Dessa forma, não há perda do sinal ao longo do feixe. Em suma, o funcionamento da fibra em si, idealmente, é bastante eficiente.
Com suas crescentes aplicações no mercado de telecomunicações, a fibra óptica se popularizou, mas por vezes, o sinal óptico não apresenta a potência no sinal óptico esperada. Isso ocorre pois, no momento de fazer reparos, ou terminações em residências, é necessário fazer as conexões entre fibras de diferentes diâmetros e classificações. E essas conexões podem inteferir no processo, já que deixa o desempenho da fibra sujeito à ação humana.
Mas existem 3 dicas básicas para se atentar no momento da emenda que garantem que o sinal óptico consiga percorrer pela fibra e você possua em suas mãos uma boa conexão óptica:
O contato físico entre as fibras, a limpeza dos conectores e o alinhamento das fibras.
1 – O contato físico:
O primeiro princípio básico é que a superfície das pontas das fibras se toquem totalmente. Isso quer dizer que, sem um bom processo de clivagem, você não terá fibras se tocando perfeitamente. Por mais que não consigamos enxergar a olho nu, se uma clivagem for realizada em um ângulo reto em uma fibra, porém na outra estiver com um ângulo de apenas 1 grau, o contato já não será perfeito. Para se ter uma ideia, um ângulo de 1 grau no corte da fibra pode gerar uma perda de 1db, e cada grau adicional significará uma perda maior. Por isso, um bom clivador é essencial para uma boa emenda óptica.
(Note que se fôssemos levar essa ideia para os conectores, seria a mesma coisa que tentar ligar um conector APC com um UPC, sendo que ambos são incompatíveis justamente pela falta de contato entre eles.)
2 – A limpeza dos conectores:
Mesmo com os conectores em perfeito contato físico, a limpeza dos conectores é outro fator decisivo para uma boa emenda óptica. Por quê? Uma única partícula acoplada no núcleo da fibra pode causar uma significativa perda por reflexão, perda por inserção ou até danificar o equipamento.
Fonte: Furukawa
A “sujeira” pode ser poeira, ou até mesmo uma impressão digital. Neste sentido, no momento da conectorização e/ou emenda, o operador pode se utilizar tanto de um lenço umedecido com álcool isopropílico ou até mesmo canetas de limpeza óptica para remover possíveis resíduos.
3 – Alinhamento das fibras
Existem dois tipos de máquinas de emenda: as máquinas com alinhamento pela casca, e as com alinhamento pelo núcleo.
A questão do alinhamento pela casca é que, se houver alguma irregularidade e a fibra não estiver exatamente no centro do cabo óptico, há um grande risco de quebrarmos o primeiro princípio citado acima, o do contato físico. Observe:
Já a máquina com emenda com alinhamento pelo núcleo faz essa centralização acontecer. Isso quer dizer que, mesmo que o cabo apresente pequenas imperfeições, a máquina poderá corrigir esse alinhamento da fibra e fazer com que a conexão tenha maior contato físico e, consequentemente, menor perda por reflexão.